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ELIZABETH ALTAMIRANO
( PERÚ )
ELIZABETH ALTAMIRANO DELGADO DE GONZÁLEZ
Poeta, narrador e divulgador cultural. Chileno-Peruano, com ensino superior em Santiago do Chile e residente em Sachaca (Arequipa, Peru).
Autora de seis livros publicados: El Ayer Cautivo (poemas 1987); Sem fronteiras (poemas e contos 1993; publicação conjunta); Cerimônia Noturna (histórias 1999); Com Sabor do Chile (poemas e contos 2000); Latu Sensu (poema bilíngue publicado no Brasil em 2003); Nibelunga (poemas 2006).
Ganhou dois prêmios em narrativa: no Concurso Nacional de Contos Andinos (Lima 1989), por "El Misterio del Wenke"; e no Concurso Internacional de Literatura Popular (Lima 1990), por "Los Diablos Blancos".
Premiado com a Medalha de Cultura da Cidade de Arequipa, Peru (1998); Membro Honorário da Art Society, La Paz, Bolívia (1998); Hóspede Ilustre da Cidade de Quito, Equador (2006); _ "Pessoa de Honra" _ no _ XLIII Congresso da Associação Canadense de Hispanistas, Universidade de Saskatchewan, Saskatoon, Canadá (26 a 29 de maio de 2007) .
Antologizado no Primeiro Festival de Poesia (Arequipa 1989); Transcrição de Luz (Lima 1990); Antologia de Poesia (Centro de Escritores, Arequipa 1992); Antologia III (Centro de Escritores, Arequipa 1998); Álbum Mundial (Poetas Contemporâneos, Coreia 2005); We Take Our Word (Academia Press-ENE-Monmonth University, Nova York, EUA 2005); O Botão das Magnólias (Ediciones Maribelina-Casa del Poeta Peruano, Lima 2006).
Palestrante na Universidade de Magalhães (Chile 2001), com o tema: “A ruptura dos cânones e as mulheres como participantes dela”; no Centro de Estudos da Cultura Mixteca-Oaxaca (México 2002), com o tema: “Cecilia Barcellos, uma mulher pela paz”, e no Campus Universitário Mayagüez (Porto Rico 2003), com o tema: “Mulher escritora, preconceitos e realidade".
Presidente do Centro de Mulheres Escritoras de Arequipa (1987-1989-1998) e do Primeiro Encontro Internacional de Mulheres Escritoras "María Nieves y Bustamante" (Arequipa 1998). Fundador do grupo literário "Sin Fronteras" (Arequipa, 1993). Cofundador da "Mesa Redonda Pan-Americana de Arequipa" (2000) e do grupo "Três Mundos em Concerto" (Chile-Espanha-Peru 2004).
Em agosto de 2010 foi nomeada “personagem ilustre de Arequipa” por ocasião do aniversário de fundação desta cidade.
Atualmente ocupa os cargos de vice-presidente do Centro de Escritores e presidente do Taller Literário Sin Fronteras, ambos localizados em Arequipa
( Peru).
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
ALTAMIRANO, Elizabeth. LATUS SENSU. En Sentido Amplio. Poesia bilingue. Poesis Bilingüe Português – Español. Segunda Edición 2003. Prefacio : Ivonne Damaris Antunes da Cunha. Tradutoras (Brasil) Ivone Damaris Antunes da Cunha (2003) e
Perpetua Flores (2011). Arequipa: Industria Gráfica “El Alva”, 2012. 62 p. No. 10 031
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito (Brasília, DF).
I I
Giro en un mismo círculo Giro em um mesmo círculo
amando a un mismo hombre amando a um homem
¿donde está la libertad de amar? onde está a liberdade de amar?
Hay unos ojos que me inspiran Há uns olhos que me inspiram
la tarde los acerca sollozantes a tarde os aproxima soluçantes
mi destino los recibe meu destino os recebe
desnudos penetran. desnudos penetram.
Elevada en el orgasmo Elevada no orgasmo
cuelgo de una esquina dependurado de uma esquina
un pintor estampa mi perfil. um pintor estampa meu perfil.
La lengua del lienzo A língua do quadro
cubre mi vientre rosado. cobre meu ventre rosado.
Estoy quieta. Estou quieta.
Danzo y dibujo las palabras Danço e desenho as palavras
con la punta de los pies. com a ponta dos pés.
Desnudo mi olor a sangre Desnudo meu cheiro a sangue
que se fue y que regresa que se foi e que regressa
por debajo de este siglo. por debaixo deste século.
Desde los temblores Desde os tremores
llega mi voz quebrada chega minha voz quebrada
los ojos la detienen os olhos a detém
sin girar hacia atrás. sem girar em direção ao tempo
passado.
II II
Entre niebla y garúa Entre neblina e garoa
dibujo mis sueños desenho meus sonhos
me busco a mi misma busco a mim mesma.
Encuentro mi cabeza Encontro minha cabeça
de hilos plateados, de fios prateados
y destellos fugaces. e faíscas fugazes.
En un lenguaje diferente Em uma linguagem diferente
hago el amor soñando. faço o amor sonhado.
Desato mis pezones Desato o bico meus mamilos
del ojal de tu camisa negra de botão da tus camisa negra
y te abotonas a mi piel. e te abotoo a minha pele.
El fuego de tu lengua O fogo de tua língua
abre un surco electrizante abre uma fenda eletrizante
en el rostro del amor. no rosto do amor.
Húmeda sobre la noche Úmida sobre a noite
me encuentro amándote me encontro amando-te
oculta detrás de la luna. oculta atrás da lua.
III III
¿Dónde está la fuerza de mi grito Onde está a força do meu grito
que no alcanza a tu silencio? Que não alcança a teu silêncio?
¿Llegará para el próximo milenio? Chegará para o próximo milenio?
Cuando sea un pez Quando seja um peixe
hilvanando algas alinhavando algas
en el capricho de las aguas. No capricho das águas.
Cuando naden mis sueños Quando nadam meus sonhos
en pezones de picos encorvados em mamilos de bicos encurvados
y nazcan del ombligo e nasçam do umbigo
margaritas negras. margaridas negras.
Cuando al abrirse mis entrañas Quando ao abrir-se minhas
entranhas
el fuego deshoje la existencia. o fogo desfolhe a existência.
Entonces Então
en voz baja em voz baixa
mi grito meu grito
será otro yo. será outro eu.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
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ELIZABETH ALTAMIRANO DELGADO. Nibelunga. Portada: Recreación: Jaime Mamani. Prólogo: Tito Cáceres Cuadros. Estudio crítico: Susana Boechat. Arequipa, Perú: Centro de Ediciones – Editorial UNSA – Universidad Nacional de San Agustín, 2006. 87 p. No. 10 188
Exemplar biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito, em outubro de 2024.
AMATERASU
Mi tempo, sueños estancados,
me convierte en diosa del sol.
Amanecí en el aire.
En un cielo silvestre
de puertas irresistibles.
La esperanza se cayó
de mis manos transparentes,
desnudando
mi riqueza de locura.
Aullando mis alegrías
desde la raíz profunda
amarrada de misterios.
Rezo letanías mosaicas,
despertó el silencio
con profecías gastadas
y me voy cabizbaja
irresoluble
como una amasia del sol.
TRANSMUTAR
Intento asir y exhibir
un acontecimiento íntimo.
Clamo en el desierto
sólo encuentro aridez
arena
escurre entre mis dedos.
Quiero transmutar
mi concepción primigenia.
Contemplar mi creación
mirar para ver mirar
mi rostro emocionado
reflejado
en el espejo de un poema.
ENREDO
Permanezco
en un intrincado juego de galerías
trato de encontrar la senda.
No la alcanzo y me vuelco
me golpeo con superficies
que parecen profundas.
Busco
palpar la costra
de lo que no es
sino abismo.
ISÓMERA
La mezcla
de tu sangre y la mía
dramatiza la vida.
Vertiente opuesta
al equilibrio del día,
a las tentaciones del ser.
Yo, roja mujer isómera
que navega en tu sangre
multiplica sin agobio
un testimonio de amor.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
AMATERASU
Meu tempo, sonhos estancados,
me converte em deusa do sol.
Amanhecí no ar.
Em um céu silvestre
de portas irresistíveis.
A esperança caiu
de minhas mãos transparentes,
desvestindo
minha riqueza de loucura.
Uivando minhas alegrias
desde a raiz profunda
amarrada de mistérios.
Rezo ladainhas mosaicas,
despertou o silêncio
com profecías rotas
e vou-me cabisbaixa
insolúvel
como uma amasia do sol.
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O nome da deusa shinto Amaterasu significa "a Grande Deusa Augusta que ilumina o céu": Amaterasu é a deusa do sol e do universo / Seu nome completo é Amaterasu-ōmikami. Amateru é a origem do nome Amaterasu, que significa "que brilha no céu". Amaterasu é a ancestral mítica da família real do Japão. Ela é considerada a criadora do cultivo de arroz e farinha, do uso do bicho-da-seda e do tear.
Amaterasu – Wikipédia, a enciclopédia livre. Ela é a deusa do sol, mas também do universo. O nome Amaterasu é derivado de Amateru que significa "que brilha no céu." O sentido ... Wikipédia
TRANSMUTAR
Tento agarrar e exibir
um acontecimento íntimo.
Clamo no deserto
apenas encontro aridez
areia
escorre entre meus dedos.
Quero transmudar
minha concepção primigênita.
Contemplar minha criação
olhar para ver olhar
meu rosto emocionado
refletido
no espelho de um poema.
ENREDO
Permaneço
em um intrincado jogo de galerias
trato de encontrar o trajeto.
Não o alcanço e me volto
me golpeio com superfícies
que parecem profundas.
Busco
palpar a crosta
do que não é
senão abismo.
ISOMÉTRICO
A mistura
de teu sangre e o meu
dramatiza a vida.
Vertente oposta
do equilíbrio do dia,
às tentações do ser.
Eu, rubra mulher isométrica
que navega em teu sangue
multiplica sem fardo
um testemunho de amor.
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VEJA e l EIA outros poetas do PERÚ em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/peru/peru.html
Página publicada em outubro de 2024.
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